quinta-feira, fevereiro 22, 2007

FM050 - Quando A Severa Morreu (Fernando Maurício)

Quando A Severa Morreu


Noite fagueira, de S. João na Mouraria

Uma fogueira, arde no Largo da Guia

Chegam Tipóias, com Fidalgos e Ciganas

Riem Pinóias, com a graça de Timpanas


Sobem balões, tem mais brilho a luz da lua

E os alegres foliões, cantam nas marchas da rua

Geme a guitarra, com emoção tudo espera

Falta chegar a Severa, com sua graça bizarra


Mas já no Largo, a fogueira se extinguia

Destino amargo, Severa não mais viria

Àquela hora, nos braços do seu amado

Cantava agora, o seu derradeiro fado


Tangem os sinos, na Capelinha da Guia

E dois anjos pequeninos, desceram à Mouraria

Amanheceu, e voz do fado calou-se

E a própria lua ocultou-se, pra ver Severa no céu

Fado Modesto – (A. Vilar da Costa – D. R.)